sábado, 2 de abril de 2011

Não, Sim... por Thiago Almeida.

Sei de mais nada, sei nem quem quero ser amanhã, pois hoje quando acordei vi que não sou nada do que ontem eu quis que fosse. Talvez semana que vem, quando você acordar e sentir-se assim, eu receba uma ligação, talvez eu atenda, talvez eu diga não. - Porque tô com essa mania besta. Dizer não.
Aliás, eu te disse sim, você disse não, você sempre diz não quando é sobre mim - ainda bem que a vida me fez forte para que aturasse isso tudo de não. Sei que não sou feito de tanto não, sou feito de muito sim, sou feito de muito raio e se me conheces sabe bem que de também trovão e de muito, muito ar: Gás carbônico e co2 para ti, sou simples assim. Ar que entra em teus pulmões te mantém vivo e depois cruza os oceanos, os monstros apocalípticos dos oceanos e se transforma em um tufão: é ar quente, é ar frio é devassidão.
Todos os dias são assim: é dado uma chance de começar algo novo quando o sol nasce,e isso não precisa ser exatamente algo bom, simplesmente o é. É algo como: Pegue seus trapos e saia.
Vista o seu luxo e corra, suas jóias e tranque-as. Pegue o seu amor: lute ou abandone. Sem nenhum pudor eu digo – ABANDONE! Não caia nessa cilada bandida de tanto sim pra dizer não.
Não se engane com o que eu escrevo, não penses que me entende naquela linha, sempre soube surpreender.
Sim. 
Se permita, mas não, não se entregue. Assista casamentos aos sábados e não se lamente de ser só. Leia um livro, acenda um incenso, seja natural. Caia de bêbado, faça sentido, pare de fumar, escreva uma canção que fale de amor, perca seu tempo – Eu canso desses avisos pendurados na minha testa.
Parta, antes que seja partido. Seja bobo como uma criança – mas não esqueça de contestar: toda criança deve ser boba? Escreva rimas doentis: eu te amo meu amor - aspirina ajuda na dor.
Recorde, recorte e monte. Diga não para estes rapazes cheirando a flor, que lhe reviram, tiram-lhe de sua ordem. Não espere me ler e fazer sentido, deixei de sentir tem muito tempo e mesmo assim ainda dói.