quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Novembro, por Thiago Almeida.

Novembro está indo embora e tudo que consegui dizer a vocês foram dias chuvosos, vazios manuscritos e sem mais. Não consegui escrever em uma frase se quer algo de concreto – e nem de abstrato. Esse mês de novembro em meio a tanta chuva e sol, simplesmente fui neblina. Aparecia às vezes, discreta, tímida, pegava uma caneta e um papel, escrevia e bem logo eu sumia. Eu bem que queria ter sido raio, chuva ou até mesmo um pouco de sol. Mas eu ando tão muda que agora, aqui, escrevendo não consigo ouvir nada de novo que ainda possa ser dito. Tenho medo, mas não tenho audácia. Vou aproveitar essas linhas e dizer, que faz muito, que não te vejo, e isso me deixa mais neblina. E este mês de novembro que bem logo acaba, bem logo me acaba, e que bem logo eu poderia ser outra: talvez eu seja um raio, ou apenas queira ser o som: trovão. Mas será que posso aproveitar e pedir que Deus que mais nada em minha vida, caia. Amar, eu já não queria mais falar desse verbo sem que eu não pudesse usar. Raio, sol, trovão e neblina, talvez, bem talvez eu apenas queira ser bem mais duradoura que estações do ano em sua vida.


Madame Bleue.