sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2010, ano branco, por Thiago Almeida.


Dias de branco, céus ensolarados, dias de preceito.
Decepções, lágrimas, paciência, resignação, felicidade;
Dias de nunca esquecer, de sempre lembrar, dia de trabalhar;
Estudar, andar, louvar, amar, odiar, gritar, acarinhar.
Dias de vitória, de derrotar, cabeça erguida, sempre.
Viver assim, foi bom demais, axé, motumbá meu rei Oxalá.

2011...

30/12/2010, por Thiago Almeida.

Penult day of year, in end of night.
Blue shirt, with the most beaultiful smile,
With his charming way, with his eyes that disarm me,
With the scent that marked my heart,
Bring in your heart,things to me that i never saw like this,
Bring to me one beautiful flower, and kiss me as I always wanted.

Thank you for the lovely night, my dear;
Thank you for your hugs strong and unforgettable;
Thank you for your smile that makes me crazy;
Thanks for seeing me as I always see you.
Thanks for the more fragrant rose in the world, and it is the more because you gave me.

I'll never forget it, I'll never forget you.
Thanks, I adore you.
My dear little dendênzin ! <3

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Onde Deus Possa Me Ouvir - Vander Lee

Sabe o que eu queria agora, meu bem...?
Sair chegar lá fora e encontrar alguém
Que não me dissesse nada
Não me perguntasse nada também
Que me oferecesse um colo ou um ombro
Onde eu desaguasse todo desengano
Mas a vida anda louca
As pessoas andam tristes
Meus amigos são amigos de ninguém.
Sabe o que eu mais quero agora, meu amor?
Morar no interior do meu interior
Pra entender porque se agridem
Se empurram pro abismo
Se debatem, se combatem sem saber

Meu amor...
Deixa eu chorar até cansar
Me leve pra qualquer lugar
Aonde Deus possa me ouvir
Minha dor...
Eu não consigo compreender
Eu quero algo pra beber
Me deixe aqui pode sair.

Adeus...

Leitora-Personagem-Escritora, por Thiago Almeida.

Ontem à noite, depois de uma sessão de tortura no escritório, cheguei em casa tomei um gole de conhaque e fui foliar alguns escritos meus, - confesso foi duro, assim por demais.

Encarar de frente toda realidade minha que toma forma em letras miúdas e em frases que me golpeiam o espírito de tanta realidade prostrada.
Nunca pensei, que alguém tão pequena como eu pudesse falar tanto de amor, de dor, de decepções interruptas de uma vida nem tão grande assim - Cristo, minha realidade não é das mais boas - ou talvez ela seja igual à de todos, mas todos, não falam de si dessa maneira vulgar que costumamos nós escritores chamarmos de literatura.
A cada página virada, eu completava meu copo, era como um circo de horrores, eu não imaginava que meus diários fossem feitos de tão pura crueldade humana - Céus não se trata alguém que diz amar assim! Não sei.
Porém também revi mais adiante que santa eu não sou, não sou tão puro amor assim, alguns já foram massacrados em minhas mãos, sei dar o bote também - ora, mas também pudera, fui confrontada muito cedo com o sentimentalismo barato dos homens - falsidade pura. Quase sempre, sim.
Então reli um texto que jamais tive coragem de publicar, um escrito tão pessoal, - uma carta de despedida pro grande amor , desses que chamamos de amor da vida, sério e sóbrio, hoje morto - tão carregado de mim, de meu orgulho de minha inversão de valores, de minha falta de capacidade de saber amar que me arrancou um grito tão alto que fui abordada pela empregada – argh, eu estava transtornada de ódio e rancor.
Escritores são pessoas reais, idealizamos um amor, idealizamos situações de felicidade e infelicidade, o que parece nos dar algum crédito perante a vida, alguma facilidade em saber conduzir os fatos - mas não é assim, sou mulher, com carne, peito, bunda e talvez um pouco usual - mas sim, cerébro. Amo, e erro também, não sei nada, tudo que escrevo é apenas não me pertence, são palavras colocadas em frases que brotam da minha cabeça e do coração. Não posso me abster da realidade dos comuns viventes, sou comum, gosto do comum não tenho o dom da palavra, tenho a petulância de lidar com ela.
Vou subir e ir pra cama, não gosto de me expor assim - que irônia não é mesmo? - exposição maior que meus escritos, não sei se tem, talvez porque quando escrevo só eu sei do que falo, muitos pensam entender e muitos dizem me ler - prefiro que me sintam, este é meu segredo não tão secreto e nem tão importante assim.  Pensei comigo Talvez eu nunca mais escreva, pensei nas pobres garotas do interior, sonhando com os cavalos brancos dos livros de literatura infantil incansavelmente lidos e depois se confrontando com a realidade que eu suponho ter noção, e que jogo na cara de quem se atreve a abrir um livro de minha autoria.
Seria crueldade deliberada, ou seria um excelente aviso? – Não, não vou questionar-me sobre isso, simplesmente jamais voltarei a ler-me assim, pois falar de mim é tema restrito entre mim e minha alma. Sou reserva, sou mistério, sou você, sou eu.


Madame Bleue.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

50 posts!

Tantas leituras, tantas palavras, tantas desilusões, tantas felicidades... um pouco de mim em cada verso, basta ter a malicia do leitor que é contemplado com verdades em versos que chamamos de poesia, ou em contos, que retratam minutos, fantasias, mentiras verdadeiras... tanto assim.
Quero postar um video que eu adoro, pra compartilhar este momento com quem perambula entre minhas palavras.

Obrigado, a quem sempre lê, quem sempre tem a paciência e o carinho em cada convite meu.


Beijos.

"não me axei a clarice hein? kkk"

Arrasada, por Thiago Almeida.


Meia noite sinto que serei um problema esta madrugada; Ouço buzinas na avenida, o barulho do meu sapato batendo sobre o piso de madeira - Onde você está? Com quem estas? - Acabo com meus cigarros, minha mãe diz que estou louca, talvez eu esteja, talvez um dia você me deixe de fato!
Uma e meia, e nenhuma ligação, nenhuma noticia, nenhum sinal.
Às duas e meia já estou bêbada, mas lúcida, pois sei que te quero aqui, procuro um tricô, mas estrago tudo e piso em cima.

Queimo páginas de livro, rasgo suas fotos, rolo na cama, me arrasto no chão, estou obcecada e às cinco da manhã desço as escadas... Dirijo feito louca nas ruas da cidade, em todos os bares, não há como te encontrar.

Vou a seu apartamento e vejo você descendo as escadas com outra, arranco meu carro;
Mas não era você, não era ninguém, era apenas o efeito da loucura que o amor pode causar, talvez seja a combinação suicida de álcool, calmantes, nicotina e amor desenfreado.

Abandono meu carro, grito na avenida por seu nome, todos me olham, me apontam com
dedos sujos de realidade crua que estão envoltos também  e sei bem, pode ser meu fim.
Pode ser que esteja tudo acabado, - sinto que estou acabada, - às sete e meia da manhã de hoje, pra sempre.
Volto pra casa, por buxixo alheio fico sabendo que foste embora, vá!- vá e saiba que aqui neste lugar, dentro do meu apartamento vazio de cores frias, amaldiçoarei seu nome, nosso nome, e me entregarei a todo ócio desse devasso sentimento de amor.
 

domingo, 26 de dezembro de 2010

Deixa, por Thiago Almeida.

Meu deus, eu nunca imaginei!
Naquele dia te encontrar assim;
Foi difícil fingir não te ver,
Foi difícil tentar fugir,
Eu quis que tivesse o melhor de mim.

Nessas semanas ando passional demais,
Acho que ando lendo contos de fada demais,
E estou acreditando em todos eles.

Sei lá, todo assunto me parece o mais intimo,
Minhas amigas já perceberam que estou bem demais,
Tudo pra mim é sorriso, tudo pra mim tem teu encanto,
Tarde demais, estou encrencado.

Sinto saudades da batida do seu coração,
Da sua forma de querer me salvar de mim mesmo.

Brigado.
Deseje-me só felicidade, seja minha felicidade.

Vander Lee - Esperando Aviões.


Música linda demais, ouvi umas mil vezes esse fim de semana, junto com as outros desse dvd!
Super recomendo...

Beijos.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Words, make sense to you?

 

Il n'y avait jamais personne dans cette vie que je pouvais comprendre complètement.
Quiconque a déjà voulu savoir.

Comum, por Thiago Almeida.

Minhas tardes são excepcionalmente comuns, sou comum, vivo comum. Sempre bebo café, sempre espero o sol se por, não tenho grandes ideais, às vezes tomo um ônibus quando estou longe de casa, quando preciso sair.
É raro, me incomoda ver gente, principalmente nesta época de fim de ano. Mas algo não comum, ou tão comum que seja até normal para quem estiver lendo e tentando entender-me do que estou a falar.
Um jovem rapaz chorava ao meu lado dentro do ônibus, havia me esquecido que as pessoas se comovessem procurei em suas mãos, e não encontrei nenhuma literatura - ora, algo lhe incomodava - perguntei se estava tudo bem, acho que isso é comum, os seres humanos tem por obrigação serem comumente gentis?
Ele disse que estava tudo bem, mas eu reconheci aquele olhar, o rapaz estava sofrendo de amor, pobrezinho não tinha mais que vinte e dois anos, e estava amando. Confesso, fiquei balançada, mas me distrai com um vendedor oferecendo doces aos passageiros...
O rapaz desceu do ônibus e me perguntei o que será desta criatura? Desejei-lhe sorte em sua vida, lembrei de mim vinte e dois anos atrás... Eu ainda chorava.
Cheguei a meu ponto de ônibus, desci e fui andando até minha casa, acendi uma cigarrilha de chocolate, adoro-as - é todo o prazer mundano que tenho e posso usufruir.
Abri minha caixa de cartas e decepções... Chorei.... vi nossas fotografias.... é, já fazem vinte e dois anos....


saudade, meu bem, saudade.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Desconforto de um leitor, por Thiago Almeida.


Esse dia, um leitor em uma carta bem escrita, me perguntou, por que que eu e como eu mulher, sabia tanto do amor?
Disse-me baixinho, pude sentir, em tua caligrafia pesada, que minhas palavras pareciam cravar sobre seu peito uma estaca, que lhe faziam sangrar.
Disse, que eu deveria parar de escrever de amor, pois cada leitura que ele fazia e refazia de um texto meu, era como a uma desgraça bestial daquelas provindas de alguma profecia apocalíptica dos cristãos, cumprindo-se em sua alma, era labareda de fogo queimando sobre sua alma pecadora e indefesa.
Indagou minha inspiração, acusou-me de destruir sonhos cor de rosa de muitos.

Depois de rir: confesso;  jamais poderei deixar de escrever e de viver da maneira minha. Se queres saber se amei, me leia e saberá se souber-me. Minha vida é minha por direito e parição de minha mãe, a ninguém interessa saber demais de mim quem sou.

Pois ....
Respondi dizendo, que sou bicho noturno, e entro nos piores covis, me choco com tanta verdade insensata, de graça e que nos meus livros de autores mentirosos jamais vi - às vezes queria ser cientista para
que eu pudesse criar um estudo deste sentimento amor,  os escritores enfeitam demais a verdade - este sentimento que parece matar, de amor que seja, tantos loucos.
Nas mesas dos bares, calada fico, tudo que eu preciso saber está escrito nos olhos, e nas canções noturnas, é uma sociedade secreta.
Quem está na mesa alegremente rindo da barbárie que é viver, não se toca, não tem acesso, ou finge muito bem não fazer parte deste clube suicida.
Quando olho um jovem casal, me assusto, arranco dentro de minha bolsa preta um cigarro e coloco meus óculos de grau, e sempre peço uma bebida, sei que dali sairá mais uma impiedosa verdade de dor, um belo capitúlo, belo pra mim que escrevo, torturante para quem viveu. 
Juventude cheira a amor, cheira a caos.
Observo incansavelmente, às vezes só perco de vista quando alguem ao meu lado, me pede um cigarro, sempre nego, quero contribuir com sua descrença no ser humano - ninguém é bom.
Dias passam, meses passam, tudo passam, e a profecia se cumpre, de noite, bem cedinho, depois da meia noite é quando a falta de sono e esperança bate no peito e convida a beber do drinque de rancor, - e sei ,em casa não há bebida que console mais do que esta, esta de matar.
No bar, de noite, tem o consolo de estar entre os seus, de estar nesta sociedade privada, privada de felicidade, se matam de beber e de gostar, coitadinhos... bem feito!


Sem mais,

Com carinho,

Madame Bleue.
           

Meu amor de mim, mesmo. Por Thiago Almeida.

Garoto esperto, fala tudo que quer,
Que acha que quer, me quer,
Eu quero, sempre quis quem me quisesse,
Só a mim,
Tenho ciúmes de quem me quis,
Por isso te quero só pra mim.

Não pense que sei tudo do amor - que sabe -,
Tudo sobre mim, ninguém nunca soube,
Ninguém nunca quis saber, ou pode.

Talvez um dia eu possa te dizer que te amo,
Se você deixar eu te amar - ninguém nunca deixou,
Mas já amei, pra ser assim, quem quer que fosse, que sou,

Amor nunca me levou a nada, levou-me ao meu amor,
Mas ele não era meu, era de quem não sabia amar,
Mas amor não é isso.

Amor é o que eu tenho dentro de mim,
É querer adormecer sobre seu peito, ouvir as batidas do seu coração,
Olhar nos teus olhos e enxergar o amor que você tem pra mim,
É sua mão, sobre a minha mão,
Nunca - não me diga não.

Não deixe morrer dentro de você,
Essa sua sede de aprender, aprender a amar,
Compartilhar com Deus, entre os seus,

Amar...

É como plantar e cuidar de uma flor, que
Só pode brotar em lindos jardins - em teu coração,
- deixe que ele seja meu, coração.

Obs.: Talvez um dia eu entenda, você entenda.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Oxalufã

Você faz tudo valer a pena,
Seu alá é onde tudo faz sentido,
Minhas lágrimas de emoção por ti,
Jamais irão cessar, te amo muito, 
Meu rei, minha vida, meu caminho, meu orí
Meu consolo, meu pai, meu conselheiro,
Meu amor, meu orixá , obrigado por ser seu filho 
e por nunca me deixar esquecer o amor que sinto por ti.
Quase um ano hein?



Lufã Ádùni.

Domingo 19, por Thiago Almeida

Agora não sou nada, vejo Um filme antigo,
Uma casa vazia, um copo com agua,
Tudo sem sentido.

Hoje, ontem e tem sido assim: dias sem grandes pretensões,
Tudo que eu ia querer, eu já sabia,
Tudo que ia doer, já me massacrava.
E não dava mais, tranquei todas as portas.

Mas não existe fechadura que impeça sua entrada
A dor do amor, é bandida, é invencivel,
Não me resta escolha se não aceita-la em meu coração,
Hoje, sempre.

Antes de te perder, já sei que te perdi
Pois nunca tive você.

Seja feliz.