segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Louca ilusão

Parece que tuas amigas surtaram, parece que bem adivinharam que andavas louca e ao invés de abraço lhe ofereceram um copo de bebida.

Esses caminhos tortuosos que anda seguindo tem tido também muito encanto, fala a verdade, não tem sido tão ruim. Não tem lhe faltado nada esse mês, tens cigarros, tem cerveja gelada no copo, tem beijado e provado vários negros corpos. Mas eu sei, sua insolente! Nada te consola, já posso ouvi-la dizer que quando acordas e o amargo da nicotina na boca, a remela caindo das pálpebras, a cabelo bagunçado, a sede por água fresca e o peito ainda vazio, parece que já posso ver tu procurando teus óculos e abrindo tua caixa de fotografias e lá tu olhas e novamente, chora.

Parece que andas obcecada, ouve aquela voz em tudo, tem buscado sorrisos que lembrem aquele e tem tentando ouvir o que ele não te disse. Não sabe mais nem se gosta de sol ou de chuva, nem sabe mais se fuma mentolado ou mesmo o teu Marlboro normal. Diz que nunca mais irá beber e nem sambar, que vai cuidar de si e que na segunda procura um psicologo. Se fosses alguém com vergonha na cara, como tua mãe dizia, eu até acreditaria, mas tu continua é bebendo de bar em bar, não resiste aos bandolins, te acaba. Em todos anda deixando a marca do batom rosado, parece que todas aquelas pulseiras e o perfume de benjoim virasse teu escapulário. Que desengonço.

Eu vou lhe fazer um juramento pois não aguento andando nesses tormentos, irei dizer aquele canalha que lhe tire dessa amargura e nem adianta dizer-me que não, prefiro que ele venha e lhe diga que a ele tu não passas de uma amiga do que vê-la assim definhar.

Te proíbo de andar dirigindo bêbada, vá ao ortopedista cuide dessa tua coluna. Cuide dos seus sonhos, escreva tuas poesias, abrace todo mundo e nunca mais repita que desta vida nada se leva.

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