segunda-feira, 23 de agosto de 2010

OFF ESPECIAL: Noite de Destruição, por Thiago Almeida.

Faz tempo, o sol já se foi,
A esperança de ter comigo esta noite,
Vai embora a cada minuto que passa,
Já é meia noite, e nenhuma ligação.

É tarde, e tudo que restou foi um apartamento vazio,
A noite embalada por uma cantora de bolero,
Do bar da frente,
Sento de camarote na sacada deste apartamento, já não tenho forças pra chorar.

Já me embriaguei de tanto álcool e dor,
Nem a lua se interessa iluminar-me, tudo é escuro,
Vejo casais apaixonados correndo para não perderem o ultimo trem,
E os minutos não perdoam tudo é dor,
Por um instante penso te ver, mas é ilusão,
É apenas mais um na multidão.

Tento escrever, mas as lagrimas cegam-me as palavras,
A noite está findando-se,
As luzes do bar se apagam, a garrafa está vazia,
Como minha alma.

Preciso dormir, pois corre em boca miúda,
A esperança é a ultima que morre,
E neste novo dia, voltarei a lhe esperar,
Neste mesmo apartamento, que triste está.

Triste sem você, já não sei mais de amigos,
Já não sei mais de mim,
Já não me interessa mais o beijo apaixonado de novela.

Acordo tarde, uma dor de cabeça que parece partir-me a cabeça ao meio,
Pois partido já está meu coração,
Mais uma vez me preparo para meu ritual de espera,
O seu perfume preferido, o frasco cheio.

As palmas ecoando na rua avisam-me
O show desta noite começou,
Pegarei meu lugar de sempre.

No calor da noite e ao som de amargura,
Que tudo me diz,
Vejo você, irradiando um novo amor,
De braços dados com outro alguém.

Não era mais bolero, era marcha fúnebre,
Estavam sepultando meu amor e esperança.

Tentei chamar teu nome, mas os soluços,
Tiravam-me a voz.

Tive uma idéia, tiraria lhe dos braços da outra,
Tomei o ultimo gole, desci as escadas.
Dei de cara com um automóvel, que arremessou o meu corpo,
Em teus pés,
Era onde eu precisava estar.

Com os olhos já borrados de maquiagem,
Com meu vestido rasgado, meus ossos quebrados,
E o sangue derramado, me despedi de ti,
Foras minha ultima visão, olhei em teus olhos
E nada mais foi dito apesar das sirenes,

Sei que você entendeu,
Você costumava saber o que fazer,
Nas noites frias debaixo dos lençóis,
Quando eles pediam para que me amasse,
Desta vez nada pediram por mim,
Apenas disseram à frase que não consegui,
Diziam: adeus, maior amor de mim.



Thiago Almeida.

Um comentário:

  1. nossahh ki lindoo kaka ameeei tih tah ce tah di parabeins!!!!!

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