segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Atenta e Forte, por Thiago Almeida.

Supimpa, acordei esta manhã e me senti dona de mim, cansei de ser escravizada por estes meus amores doentís, cansei destes homens vulgares que me enganam por uma semana, ou pouco mais.

Olhei no espelho, e depois de uma noite de lágrimas, de muito álcool, eu ainda estava magnífica, fazia tempo que eu me olhava no espelho e não me via, eu só via o reflexo desses infelizes, me via infeliz.

Sem grandes pretensões, querendo apenas ser um pouco mim mesma, talvez isso machuque algumas almas por aí, mas eu estou perdida dentro dos meus caminhos, e minha nossa eu havia esquecido de como eu sempre fui maravilhosa. Minha vida estava impecável, e a deles?
Eu já sou mulher, não sou moleca, sou dona de tudo que diz respeito a mim, mas meu coração... esses eles tentam me levar, e como este é fuleiro que só, se deixa enganar, mas prometi a mim mesma e o ameacei - olha lá coração - aqui não mais cherrie.


Já tive que enfrentar coisas muito piores nesta vida do que bilhetes de despedida, já tive que superar corações muito maiores, e que de verdade me amavam.
Conheci o verdadeiro sofrimento, e a verdadeira alegria.

Quero ser dona do meu nariz empinado, subir no meu salto, soltar os meus cabelos, exalar meu perfume e andar o mundo, este é meu significado.
Pois não respiro nesta terra à toa, sou forte, sou muito mais que muitos, se quiser beber, irei beber, se quiser fumar, talvez eu fume, não preciso de fósforo alheio, pois sou chama viva.

A partir desta data serei canibália, serei impossibilidade, serei averso, furacão, serei mulher e não mocinha, vilã de mim, dona de mim e não de mim alguém dono.

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