domingo, 27 de março de 2011

O que fui, O que sou: Saudades. por Thiago Almeida.

Ah que saudade daqueles dias chuvosos,
Daquelas incertezas que não tinha...
Daqueles sábados em que ria que dançava,
Que cantava e que acreditava...
Saudade do rosto juvenil perante o espelho
Começando a se espremer no corpo que grande ficava.


Saudades dos questionamentos que eu tinha,
Das descobertas que eu fazia...
Do jeito que te via, de como você ria,
De como eu inocente te via e só ria.
Não que não conheça mais o ser feliz,
Mas sinto saudades das coisas que tive e de que não tive,
Dos erros que cometi pensando em acertar,
Das cartas que eu escrevia eram lindas...


Os anos passam, seu sorriso muda,
Seus olhos continuam brilhando,
Meus olhos sentem aquela falta desse brilho.
De todas as coisas que sinto falta,
Lembro do amigo querido,
Quando o vi pela primeira vez tão calado e tão diferente,
Pensei: Que lindo! Quero que seja meu amigo.
Era um sábado à tarde... Eu assim o fiz...

Saudades, saudades daquelas canções que não mudaram de letra,
Mas já hoje perderam o significado.
Meu caro lindo eu hoje eu queria te ligar,
Talvez você não atenda,
Meu grande amigo nem sabe o quanto te amo...
Espero que seja feliz, eram dias felizes...
De algumas brigas, mas da amizade que sempre será mantida,
Quero que seja assim, talvez mudada, mas de amor sem fim.

Saudades de uma tarde do dia 16 de Junho,
Nas escadas de um algum lugar qualquer...
Da minha insegurança em frente do primeiro amor,
Da carta tão carinhosa e feliz que do meu próprio punho escrevi...
Os teus olhos, tua mão, teu jeitinho meigo que vermelho me deixava,
Você não sabe o quanto eu te amava ali,
 Você não sabe o quanto eu te amo hoje,
Você não sabe a falta que tudo me faz...  
Essa falta transforma a cada dia mais e mais meu coração
E me faz saber esperar-te bem aqui.

Foram dois anos que não te vi,
Mas mesmo assim saudade ainda sentia,
Mas aprendi a rudez do mundo que eu jamais quis que fosse assim,
 E fingi que não te vi, fugia de mim pra fugir de ti.

Saudades dos outros amigos que tive e fiz,
Dos que acabaram e se foram de mim para outros caminhos longes,
Bem ali.
Saudades dos sorrisos que eu causei,
Dos momentos que eu gritei,
Dos abraços que eu conheci,
Das lágrimas que eu consolei, dos dias que vivi.

Saudades daquelas mesas de bar,
Confissões e gelo que meu coração ali conhecia.
Saudades das minhas paixões, sempre as respeitei,
Quero levá-las sempre na memória...
Não me permitiram muito até hoje amar,
 Uns eu escolhi que fosse assim,
Outros pedi que Orixás levassem embora de mim...
Outros decidiram que não eram pra mim.

A caminhada da vida é grande e pesada,
Tem muita lágrima, muita perda, muito amor,
Muita dor e muita escolha no alto de tudo.
Ainda há muito o que perder, muito o que te amar,
Muito o que te esquecer,
Muito que de novo me apaixonar,
Mas depois disso tudo..
Só espero te encontrar, mesmo que seja no fim,
No ultimo suspiro,
Quero dizer – sempre estive aqui por ti.

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