sexta-feira, 16 de julho de 2010

Ganância - Part II, por Thiago Almeida.

O suficiente se é no momento,

Somente

Paisagem perfeita:
- Jóias na vitrine
Momento perfeito:
- Quando ornadas sobre mim

Os bons sonhos?
São os embalados
Nos leitos de um castelo

Perfume ideal?
Os mais caros
Nos melhores frascos
E que entorpecem os bolsos mais cheios

A melhor bebida
A que mais borbulha numa taça de cristal
E na cabeça de quem me promete

Não me fale de intenções
Meu idioma é muito caro
Porém, o entendo melhor quando perco
Algarismos de vista

Levem-me ao altar
Bem alto, na sacada de um palácio
Mais perto dos deuses, para vestir-me como tal

Se me reclamam o amor a natureza
Digo que amo, pintada nos quadros mais caros

Sobre meu passado?
Já houve alguns disparos
Mas o cheiro de jasmim
Sempre foi mais forte que pólvora

Acusam-me de ganância
Os acuso de não me pagarem o suficiente

Vivo para isso, para o ter
O ter tudo, tudo no mundo

Não pode haver riqueza em minha alma
Se não existir em meu cofre.




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Boa noite senhores.
Já chegamos ao terceiro poema do especial, e espero não perder o pique para os próximos. Obrigado a quem está me acompanhando e comentando, aos que não comentam tambem obrigado.

Voltem sempre.

Beijos.

Thiago Almeida

3 comentários:

  1. muito bom, gostei mesmo "VIVO PARA TER TUDO DO MUNDO..."

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  2. Nossa, esse foi profundo por demais...e estou aqui há uns cinco minutos relendo...e descobrindo nuanças diferentes desse poema ...A frase a martelar "Não pode haver riqueza em minha alma
    Se não existir em meu cofre.".Tão real que encerro esse comentário sem mais comentários.Beijos

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  3. Ai cher.... vc me tira suspiros....
    serio mesmo....

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