Atravesso becos escuros
Alucino, só penso em encontra-las
Novas, saborosas e cheirosas
Sentir teu cheiro, teu sabor
Morde-la com carinho
E devagar, bem devagar
Sento-me na mesa mais próxima
E a observo como os outros rapazes a devoram
Dirijo-me ao balcão
Peço uma, é só para começar
Duas pra alucinar
Já foram três
E quatro serão pra uma irmã que jamais existiu
Experimento outros sabores
Outros temperos e tudo me é pouco
Um vinho, um pouco de chá, um caféMorango, salgado, chantilly, amargo
Nada é o suficiente
Já está para anoitecer e ainda estou preso
Na prisão dos desejos, dos sabores
Garfos, louça barata, colheres
Chego em casa, ligo o som
É o tempo para eu começar meu ritual secreto
Onde ninguem pode ver, comer
Rasgo o embrulho,
Rasgo no dente
E devoro, devoro a fome, e devoro a mim
Sem dedo alheio, sem olho
Sem pedaço, sem limite.
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Mais um, bem fraquinho, tentei ser engraçado mas meu lado Chico Anisio não anda dando as caras.
Espero que gostem de "A Gula", afinal é um pecado tão gostoso né?
Beijos de morango rs
Thiago Almeida.
Pow.... vc precisa ser descobrido!!!!!!
ResponderExcluirBeijos com cobertura de carmelo..=*
ResponderExcluirRs, Isso é uma das "vérités"...Meu pecado favorito.
o que é ser descobrido? por favor alguem me diga. rsrs mas olha muito bom mesmo esse poema sobre gula, tanto a primeira quanto essa parte estão ótimas.
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