quinta-feira, 15 de julho de 2010

Gula - Part II, por Thiago Almeida

Toda tarde, saio do trabalho
Atravesso becos escuros
Alucino, só penso em encontra-las
Novas, saborosas e cheirosas

Sentir teu cheiro, teu sabor
Morde-la com carinho
E devagar, bem devagar

Sento-me na mesa mais próxima
E a observo como os outros rapazes a devoram
Dirijo-me ao balcão
Peço uma, é só para começar
Duas pra alucinar
Já foram três
E quatro serão pra uma irmã que jamais existiu

Experimento outros sabores
Outros temperos e tudo me é pouco
Um vinho, um pouco de chá, um café
Morango, salgado, chantilly, amargo
Nada é o suficiente

Já está para anoitecer e ainda estou preso
Na prisão dos desejos, dos sabores
Garfos, louça barata, colheres

Chego em casa, ligo o som
É o tempo para eu começar meu ritual secreto
Onde ninguem pode ver, comer

Rasgo o embrulho,
Rasgo no dente
E devoro, devoro a fome, e devoro a mim

Sem dedo alheio, sem olho
Sem pedaço, sem limite.


--------------------------------------------------------------

Mais um, bem fraquinho, tentei ser engraçado mas meu lado Chico Anisio não anda dando as caras.
Espero que gostem de "A Gula", afinal é um pecado tão gostoso né?

Beijos de morango rs

Thiago Almeida.

3 comentários:

  1. Pow.... vc precisa ser descobrido!!!!!!

    ResponderExcluir
  2. Beijos com cobertura de carmelo..=*
    Rs, Isso é uma das "vérités"...Meu pecado favorito.

    ResponderExcluir
  3. o que é ser descobrido? por favor alguem me diga. rsrs mas olha muito bom mesmo esse poema sobre gula, tanto a primeira quanto essa parte estão ótimas.

    ResponderExcluir