quinta-feira, 8 de julho de 2010

Solidão, por Thiago Almeida.

Esta noite de certo receberei sua visita
Sempre pontual, chega toda noite
Entra sem anunciar
E sempre traz consigo o perfume daqueles que amaram
Senta ao meu lado, sussurra um fado de dor em meus ouvidos
E me oferece um cigarro, uma bebida, daquelas que amargam na boca e na alma

Toca na minha ferida, e tudo começa
Não tem piedade, me encara de frente
Mostra-me suas garras, suas vitórias

Tento fugir, deitar-me sob o efeito de uma aspirina
Mas ela não deixa,
Senta sobre a cabeceira da cama e me mostra o teu retrato
Aquele tirado em dias de luz,
Me empresta seu fosforo e o queimamos
Se queima tambem meu coração

Quase ao amanhecer, se vai
Junto com sua devassidão, me deixa
Em meio a garrafas vazias, cinzeiros lotados
Um pedaço queimado daquele retrato
Querendo-te.


Thiago Almeida

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Poema BEM experimental, que será melhorado de acordo com minha criatividade.

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